20110203

o futuro já começou

Ok, não pretendo usar terminologias técnicas e incompreensíveis:
Essa notícia poderia ter sido publicada aos quatro ventos há mais tempo. Mas não estaríamos preparados para receber a informação e mais do que isso, entender ela, já que não existiam exemplos aplicados. (mais detalhes no link ao final do post)

Há um ano e meio atrás, em 2009, participei de um evento no Politécnico de Milão, reservado a estudantes e profissionais da área de iluminação onde estudos teóricos da universidade e os primeiros protótipos da Osram, Philips e GE foram apresentados. 
Não estamos mais falando de aquecimento de filamento, condução e estimulação de elétrons, descargas metálicas e gases. Passamos à eletrônica para iluminar. Do ponto à sperfície. Onde chegaremos ainda não se sabe dizer.


Estou falando da tecnologia OLED (diferentemente do LED, que se trata da emissão luminosa a partir de um ponto minúsculo mas muito ofuscante (por isso que se diz que é capaz de iluminar tanto), essa nova fonte de emissão luminosa parte de uma superfície inteira.

E, aí está a grande jogada: uma superfície que pode ser transparente pode virar opaca e luminescente quando o circuito eletrônico é ligado.




Você consegue pensar no que se trata realmente?

Janelas poderiam ser feitas desse material. Vidro transparente durante o dia, e opaco e luminoso durante a noite. A desvantagem é que a janela deixaria de ser um elemento que deixa o exterior visível a quem está dentro da edificação. Mesas poderiam virar luminosas, bancadas de cozinha, espelhos (não todo porque senão iria refletir o quê?), box de chuveiro, divisórias em escritórios, me limitando aos elementos "fixos" arquitetônicos.
Nesse evento que eu participei, se falou muito sobre hipóteses para um futuro não tão remoto. Até aquele momento, a superfície que as empresas tinham conseguido gerar com o material, rendendo uma "iluminação" uniforme em toda a sua área, era em torno de 15cmx15cm. Pouco, mas no momento que se começa a dominar a nova tecnologia, se parte para a ação propriamente dita. Um primeiro uso para uma superfície tão pequena: telas de celulares e tablets. 

O FUTURO JÁ COMEÇOU.

O designer Ingo Maurer pensou em uma primeira luminária feita de OLED em parceria com a Osram, em 2008. Sim, óbvio. Não!!! Como se faz o design de uma luminária que não precisa mais de uma lâmpada, que não tem mais um soquete ou uma ótica para ser integrada, estudada e que certamente iria atrapalhar o conceito projetual? Estou falando de um método que seria praticamente esquecer tudo o que foi feito até hoje no quesito luminárias, e partir do zero.

Early Future.
Com a crise, das três gigantes que estavam desenvolvendo produtos com o material em 2009, propondo até notebook flexível, Sony, Toshiba e Samsung, só a última continua estudando possibilidades reais com a tecnologia.

Do OLED foi criado o PHOLED (com propriedade fosforescente), o TOLED (T de transparente), FOLED (F de flexível) e o WOLED (W de white, branco). 

Esse último ganhou um nome próprio só pela característica da cor da luz e a complexidade para conseguir ela. O que não fez o LED substituir todas as outras lâmpadas foi a dificuldade de conseguir gerar uma luz perfeitamente branca, que cubra todo o espectro da luz como a solar, chegando próximo aos 100% de fidelidade na reprodução das cores a serem iluminadas. A cada ano se descobre novas fórmulas, componentes em pó que vão se aproximando ao branco perfeito. 

As várias tentativas de chegar ao "branco perfeito"
Do TOLED já se estão pensando em protótipos como TVs transparentes quando desligadas. Dá uma conferida nessa, criada pelo designer Michael Friebe.

Loewe Invisio: desligada e ligada.
A Kyocera chegou a mostrar um celular flexível que se recarrega com o movimento: EOS.

Se você quer ler mais sobre o assunto e todos os estudos que partiram do OLED, é só dar uma olhada nesse site: http://www.universaldisplay.com


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